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Descoberta inédita de sistema com seis exoplanetas desafia teorias de formação planetária

Por History Channel Brasil em 28 de Janeiro de 2021 às 15:18 HS
Descoberta inédita de sistema com seis exoplanetas desafia teorias de formação planetária-0

Ao analisar dados do satélite TESS, da NASA, astrônomos da Agência Espacial Europeia (ESA) e de universidades da Europa se depararam com algo inusitado. Eles identificaram um sistema formado por seis planetas que desafia as teorias de formação e evolução planetária. O "sexteto" orbita a estrela TOI-178, que fica a cerca de 200 anos-luz de distância da Terra.

Segundo os pesquisadores, cinco dos seis planetas orbitam a estrela hospedeira TOI-178 de forma harmoniosa, o que é considerado um fato raro. Além disso, todos estão “desalinhados” pela sua densidade, que varia de planeta para planeta e é estimada em função do seu tamanho e massa. “O contraste entre a harmonia rítmica dos movimentos orbitais e as densidades desordenadas desafia claramente a compreensão da formação e evolução dos sistemas planetários”, afirmou Adrien Leleu, coordenador do estudo e astrofísico das universidades de Berna e Genebra.

“É a primeira vez que observamos algo assim”, disse Kate Isaak, cientista da Missão CHEOPS (sigla em inglês para "satélite de caracterização de exoplanetas), da ESA. “Nos poucos sistemas que conhecemos com tal harmonia, a densidade dos planetas diminui continuamente à medida que há um afastamento da estrela. No sistema TOI-178, um planeta denso como a Terra, parece estar bem próximo a um planeta muito leve com metade da densidade de Netuno, seguido por um outro muito semelhante a Netuno”, acrescentou.

Essa ordenação contrasta com no nosso sistema solar, onde os planetas estão dispostos de forma ordenada, com os rochosos como a Terra, mais densos, mais próximos do Sol, e os gasosos como Neptuno, menos densos, mais afastados. Os cientistas suspeitam que em outros locais do espaço podem haver mais planetas seguindo a mesma cadeia de alinhamentos orbitais do sistema TOI-178, embora sejam necessários períodos mais longos de observação para localizá-los. 


Fontes: Público, Space.com e Universidade de Berna

Imagem: ESA/Divulgação