O melhor país para sobreviver a uma guerra nuclear fica na América do Sul
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia despertou o temor de que o equilíbrio de forças mundiais possa ser desestabilizado e resultar em uma terrível guerra nuclear. Essa hipótese catastrófica foi tema de um estudo que apontou quais países do mundo são os mais adequados para sobreviver a um conflito atômico. Um deles está na América do Sul.
Inverno nuclear
O estudo foi publicado no periódico científico Nature Food. A partir de simulações de computador, os pesquisadores concluíram que mais de cinco bilhões de pessoas morreriam de fome em todo o mundo após um conflito em grande escala envolvendo 100 bombas nucleares. Em uma situação assim, o planeta sofreria com um rigoroso inverno nuclear: além da contaminação pela radioatividade, a fuligem lançada por tempestades de fogo bloqueia a luz do Sol e prejudicaria a produção de alimentos.
Esse fenômeno resultaria em uma redução de 90% da produção de alimentos na maioria dos países. Nesse cenário terrível, os cientistas concluíram que os países com maior esperança de pelo menos ver sua população sobreviver na década seguinte a uma guerra nuclear seriam a Argentina e a Austrália.
Em entrevista ao jornal de Times, Alan Robock, professor na Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, disse que essas nações estão em vantagem por produzirem grãos mais resistentes, como o trigo, em grande quantidade. Além disso, os dois países têm populações relativamente pequenas. Por outro lado, o professor salienta que esses lugares atraíram uma grande quantidade de refugiados, o que provocaria outra crise humanitária.