Perda repentina de olfato pode indicar infecção por coronavírus, dizem médicos
Um dos maiores problemas enfrentados durante a pandemia de COVID-19 são os infectados assintomáticos. Como eles não apresentam sintomas da doença, podem tomar menos precauções e passar o vírus adiante. Mas, de acordo com pesquisadores, mesmo essas pessoas costumam apresentar uma característica que pode indicar a contaminação pelo coronavírus: a perda súbita de olfato.
Médicos têm observado que muitos pacientes relatam casos de anosmia (a perda parcial ou total do olfato), sugerindo que esse seria um dos primeiros sinais da doença. Otorrinolaringologistas dizem que o COVID-19 é capaz de provocar inchaço na mucosa olfativa de um modo que não é tão comum em infecções causadas por outros vírus. Portanto, a perda do olfato pode ser usada como um indicador clínico em portadores assintomáticos do COVID-19.
Segundo a Academia de Otorrinolaringologia dos Estados Unidos, a quantidade de evidências de anosmia, hiposmia (capacidade reduzida de sentir cheiros) e disgeusia (sensação de paladar reduzido) em pessoas com o COVID-19 é tão significativa que pode ser adicionada à lista de mecanismos de triagem que indiquem uma possível infecção. Especialistas do Reino Unido também divulgaram um comunicado classificando a anosmia como um importante sintoma de infecção pelo novo coronavírus.
"Embora mais pesquisas ainda sejam necessárias, a perda de olfato, ou anosmia, foi relatada em até 1 em cada 3 pacientes na Coreia do Sul", disse Simon Carney, professor de otorrinolaringologia da Universidade de Flinders, na Austrália. Na Alemanha esse número chegou a 2 em cada 3 pacientes. "Um professor de otorrinolaringologia em Londres relatou ter visto um aumento dramático de pacientes que apresentaram anosmia como único sintoma de infecção por COVID-19", afirmou. Caso alguém apresente o sintoma, é recomendado o autoisolamento por 14 dias.
Fontes: IFLScience e Scimex
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