Conheça o magnata brasileiro que quer se tornar o maior dono de vinis do mundo
Imagine como seria uma das maiores coleções de vinis do mundo. Pilhas e pilhas de discos, muitos deles verdadeiras raridades, que deixariam o pessoal de Caçadores de Relíquias boquiabertos, armazenados em uma área de pouco mais de 2.300 metros quadrados em São Paulo. Esta mania em acumular vinis é praticamente uma obsessão do empresário brasileiro Zero Freitas, de 62 anos, que adquiriu o seu primeiro álbum quando era adolescente, o disco Roberto Carlos Canta para a Juventude. Desde então, Freitas não parou: ao final do ensino médio, possuía mais de 3 mil discos. Aos 30 anos, já eram 30 mil.
Hoje, facilmente, chegou à marca dos cinco milhões e ele segue num ritmo de compras compulsivas pelo mundo. Seu hobby já o levou à terapia: precisou de 40 anos de tratamento para aceitar sua “mania” em acumular e acumular cada vez mais vinis. Qual o seu objetivo? Talvez se tornar o homem com a maior quantidade de vinis do mundo. |
Olheiros musicais
Diversas pessoas o ajudam nesta empreitada, já que Freitas conta com “olheiros” musicais espalhados por cidades do mundo. Sua compulsão por vinis é financiada pelos seus bons negócios em outras áreas. Freitas é proprietário de uma companhia de ônibus em São Paulo e também de uma empresa de iluminação de eventos musicais. Quando realiza suas compras, Freitas opta em agir de forma anônima, o que requer a ajuda de seus especialistas espalhados pelo planeta. Por vezes, compra centenas de milhares de vinis de colecionadores de uma vez só, em outras ocasiões adquire o estoque ou acervo de lojas que estão fechando.
Músicas místicas
Diante da gigantesca coleção - recheada com muitos LPs do “Rei” Roberto Carlos, Freitas contratou vários estagiários na tentativa de dar alguma lógica em sua compulsão. Diariamente, aproximadamente, 500 álbuns são cadastrados em um software. Contudo, Freitas não para de comprar e estima-se que serão necessárias em torno de duas décadas para elaborar um cadastro com todos os álbuns. Recentemente, Freitas inclinou seus ouvidos para músicas de tradições místicas, como obras judias, cristãs, hindus e budistas.
Para quê tantos discos?
Contudo, agora a pergunta que todos se fazem diante do acervo monumental é: para que acumular tantos discos, muitos deles repetidos? Difícil explicar, mas o proprietário busca um caminho para disponibilizar ou compartilhar de alguma maneira todas essas músicas na medida do possível. Outra meta é lutar para que músicas que ainda não foram digitalizadas desapareçam por completo, como é o caso de 80 da produção de países como Brasil, Cuba e Nigéria do meio do século passado.
O certo é que ele não gosta nada de filtrar suas compras e compra lotes e lotes de disco às cegas, como um verdadeiro caçador de relíquias, custe o que custar.Questionado se ele se considera um colecionador, Freitas esclarece: “um colecionador de verdade é alguém que busca por algumas gravações específicas ou um gênero particular de música”.
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