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Genes de répteis podem auxiliar na regeneração de tecidos humanos, acreditam especialistas

Por History Channel Brasil em 06 de Setembro de 2014 às 00:01 HS
Genes de répteis podem auxiliar na regeneração de tecidos humanos, acreditam especialistas-0

Se o homem pudesse escolher uma característica de outra espécie animal, qual seria? A força do tigre, o impulso do rinoceronte ou a velocidade da lebre? Provavelmente, essas seriam algumas opções para aqueles que nunca passaram por uma amputação ou uma doença grave. Para os que já passaram por isso, os cientistas da Universidade do Arizona, nos EUA, propõem a regeneração natural dos tecidos, como fazem certos répteis como o lagarto.

Imaginar um mundo futuro onde as pessoas que perdem um braço, um órgão interno, ou a pele, consigam regenerá-los parece tão radicalmente diferente do presente quanto pensar em um passado sem anestesia e antibióticos, por exemplo. Mas a fórmula genética para essa mudança radical parece que já foi encontrada: especialistas afirmaram que, aplicando as doses certas dos componentes genéticos utilizados pelos lagartos ao reconstituírem sua cauda, será possível fazer tratamentos regenerativos em seres humanos. No laboratório, foram usados métodos de análise molecular para determinar quais genes estão envolvidos no processo de regeneração da cauda do Anolis carolinensis, uma espécie de lagarto cujo genoma foi sequenciado em 2011.

Os autores da pesquisa explicaram que, para reconstituir seu rabo, os lagartos ativam, pelo menos, 326 genes diferentes – entre eles, os mesmos que tornam possível o desenvolvimento dos embriões e da cicatrização de feridas. Esses animais precisam de mais de 60 dias para restaurar uma cauda que seja funcional, mediante o crescimento de novas células sobre tecidos já existentes em determinados lugares desse membro. Através da sequência de todos os genes utilizados durante a regeneração, os cientistas conseguiram revelar o mistério dos lagartos. Assim, empregando os mesmos genes em células humanas, será possível, no futuro, reconstituir cartilagens, músculos e, até, a medula óssea. Essas descobertas podem gerar novas terapias para tratar lesões da medula, reparar defeitos congênitos ou tratar doenças como a artrite.

Fonte e imagens: El futuro hoy, El Ciudadano, Correo del Orinoco, Factoides e Rehabilitación blog