Máscara de mil anos encontrada no Peru escondia segredo sangrento
Análises em uma máscara de ouro de mil anos descoberta no Peru revelaram um segredo arrepiante. O artefato foi encontrado há três décadas sobre a cabeça de um esqueleto durante escavações em uma tumba. Agora, um novo estudo indica que o objeto foi pintado com uma tinta macabra: sangue humano.
Enterro ritualístico
A tumba, que data por volta de 1000 d.C., pertencia a um homem de meia-idade que fazia parte da elite da antiga cultura Sicán. Esse povo habitou a costa norte do Peru do século IX ao século XIV. O esqueleto, que também estava pintado de vermelho, foi descoberto decapitado e de cabeça para baixo enterrado a 12 metros de profundidade. A sua cabeça cortada estava posicionada junto ao corpo, com a máscara sobre o rosto.
Inicialmente, os pesquisadores acreditaram que a máscara e o esqueleto tivessem sido tingidos com um pigmento vermelho conhecido como cinábrio, mineral brilhante feito de mercúrio e enxofre. Mas pesquisadores liderados por Elisabete Pires, química da Universidade de Oxford, resolveram investigar melhor a tinta. Assim, eles descobriram que a coloração tinha traços de sangue humano.
Junto com os restos mortais do homem, foram encontrados diversos artefatos de ouro, além dos esqueletos de duas jovens mulheres: uma em posição de parto e a outra de parteira. Os pesquisadores acreditam que os corpos foram posicionados daquela forma como parte de um enterro ritualístico que representava o renascimento do homem, possivelmente um líder dos Sicán.