O mistério de mais de 2 mil anos das múmias dos pântanos
Há mais de 2.000 anos, homens e mulheres do norte da Europa foram violentamente massacrados e, por séculos, atirados aos pântanos por toda a região. Ali permaneceram, submersos na lama, intocados, preservados por ácidos gerados por fungos locais.
A partir de 1800 alguns corpos começaram a vir à tona, descobertos por caçadores e cultivadores de musgo. Surgiu, então, o mistério das múmias do pântanos – até hoje sem solução. Alguns cientistas acreditam que os corpos foram sacrificados em rituais de oferenda aos deuses da Idade do Ferro, outros acham que se tratavam de criminosos, imigrantes ou apenas andarilhos que estavam no lugar errado, na hora errada.
A Dinamarca tem a maior concentração de múmias do pântano do mundo. Entre elas, duas têm destaque especial: o Homem de Tollund e o de Grauballe, ambos bem preservados e com uma expressão marcante.
O Homem de Tollund (acima), com 2.400 anos de idade, está tão preservado que quando foi encontrado, nos anos 1950, a polícia acreditava se tratar do corpo de um garoto que estava desaparecido na época.
Ele for morto por enforcamento. A corda ainda estava ao redor do seu pescoço.
Já o Homem de Grauballe (acima), de 2.300 anos, é um dos exemplares mais bem preservados do mundo!
As múmias não são apenas humanas. Recentemente, 13 cães do ano 250 d.C foram encontrados em um pântano próximo a Aarhus, a segunda maior cidade da Dinamarca. A descoberta reforça a tese de sacrifício ritualístico.
Muitas das múmias dos pântanos podem ser visitadas em museus por toda a Dinamarca, especialmente no interior do país.
Fonte: bbc.com e Wikipedia.com
Imagens:
Sven Rosborn - Domínio público
Chocho8 (CC BY-SA 4.0 via Wikimedia Commons)