O cantor Agnaldo Rayol morreu em 4 de novembro de 2024, aos 86 anos, após uma queda em sua casa, em São Paulo. O artista foi um dos nomes mais emblemáticos da música brasileira e ficou conhecido por sua potente voz de barítono e interpretações emocionantes. Com mais de sete décadas de carreira, ele construiu uma trajetória sólida, marcada por sucessos que atravessaram gerações.
Televisão e música
Agnaldo nasceu no dia 3 de maio de 1938, no Rio de Janeiro, e desde jovem demonstrou talento musical. Ele começou a cantar profissionalmente ainda adolescente e foi logo descoberto por produtores de rádio, o que o levou a participar de programas de calouros. Seu timbre único e sua habilidade em interpretar músicas românticas com grande paixão o destacaram rapidamente.
Na década de 1960, Agnaldo deu início à sua carreira televisiva, trabalhando em emissoras como a TV Tupi e a TV Record. Durante o período, ele consolidou sua imagem como um dos grandes ícones da era de ouro da televisão brasileira, participando de programas de auditório e apresentando seu próprio programa.
A carreira musical de Agnaldo Rayol ficou marcada por grandes canções e interpretações inesquecíveis, como "Mia Gioconda", "Serenata do Adeus" e a emblemática "Ave Maria". Ele também se destacou cantando em diversas línguas, incluindo italiano e espanhol, o que ampliou seu alcance e popularidade em outros países. Em 1981, ele conquistou o Festival Internacional da Canção no Uruguai.
Agnaldo também teve uma carreira como ator, atuando em filmes como "Agnaldo, Perigo à Vista" (1969). Na década de 1970 se tornou o principal galã da TV Record, protagonizando novelas como "A Última Testemunha", "As Pupilas do Senhor Reitor", "Os Deuses Estão Mortos" e "Sol Amarelo". O artista foi casado com Maria Gomes por mais de 50 anos, mas não deixou filhos.