Em 20 de outubro de 1827, durante a guerra de independência da Grécia (1821–1832), aconteceu a Batalha Naval de Navarino. O confronto teve como palco a costa ocidental do Peloponeso, no mar Jônico. Naquele dia, forças aliadas da Grã-Bretanha, França e Rússia derrotaram decisivamente as forças otomanas e egípcias que se opunham aos gregos.
Essa foi a última batalha naval da história a ser travada inteiramente com navios a vela. A partir da década seguinte, as potências navais substituíram seus veleiros de madeira por embarcações movidas a vapor. Apesar disso, os navios de combate movidos a vela continuaram a ser usados como embarcações de apoio até o início do século XX.
Em 1821, as primeiras revoltas nacionalistas dos gregos contra seus governantes turcos geraram uma onda de simpatia na Grã-Bretanha e na França, cujas tradições culturais remontavam aos antigos valores helênicos. Os russos também tomaram o lado dos gregos (como membros da Igreja Ortodoxa os dois países lutavam contra um inimigo mútuo, o Império Otomano).
Depois que a Turquia alistou a ajuda do Egito no conflito, a Grã-Bretanha, a França e a Rússia enviaram esquadrões aliados à Baía de Navarino, na costa sudoeste do Peloponeso, no Mediterrâneo oriental. Os aliados europeus esperavam resolver o conflito com uma simples demonstração de força, mas na chegada seus esquadrões foram imediatamente atacados pelas forças navais egípcias e turcas.
O esquadrão do almirante britânico Sir Edward Codrington liderou o contra-ataque europeu e, em poucas horas, a artilharia superior dos europeus aniquilou completamente as frotas turca e egípcia. A derrota turca foi tão completa que, em 1828, eles começaram a evacuar a Grécia e, em 1832, a Grécia conquistou sua independência após quase 400 anos de domínio turco.
Imagem: Ambroise Louis Garneray (1783–1857)/ Museum of the History of France, via Wikimedia Commons