Em 11 de fevereiro de 1979, o aiatolá Ruhollah Khomeini tomou o lugar do xá Reza Pahlevi e de sua monarquia autocrática para estabelecer a República Islâmica do Irã no processo conhecido como Revolução Islâmica.
O líder religioso, que permaneceu no poder até morrer, em 1989, ficou conhecido pelo afastamento político do país em relação ao Ocidente, principalmente aos Estados Unidos, pátria chamado por Khomeini de “Grande Satã”.
A ascensão de Khomeini e a queda de Pahlevi, que estava no poder desde 1941, começou ainda em 1978. Contra o regime do xá pesavam a pobreza do povo e a censura e repressão dos opositores ao seu regime. Mesmo fora do Irã há mais de 14 anos, Khomeini guiava as ações dos descontentes do exílio no Iraque e, depois, na França.
Em dezembro de 1978, dois milhões de pessoas foram às ruas para pedir a saída de Pahlevi. O exército desobedeceu as ordens para reprimir a multidão, e o xá se viu obrigado a fugir do país, deixando o caminho aberto para Khomeini.
Em 1º de fevereiro, Teerã parou para saudar o novo líder Khomeini, que assistiu aos desdobramentos finais da Revolução Islâmica do exílio para só depois assumir o poder.
Em abril, o Irã se transformou, oficialmente, em uma república islâmica, e Khomeini sagrou-se líder supremo do país. Após sua morte, em 1989, o país iniciou um processo de abertura e de reaproximação do Ocidente.
Crédito: Mohammad Sayyad - محمد صیاد [CC0], via Wikimedia Commons