A Câmara de Deputados votou no dia 29 de setembro de 1992 pelo impedimento (impeachment) do presidente Fernando Collor de Mello, por 441 contra 33 votos, por conta de denúncias de corrupção em seu governo. Collor renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992, antes de ser condenado pelo Senado. No dia seguinte, ele foi condenado à perda do mandato e ficou inelegível por oito anos. Seu posto foi ocupado pelo então vice-presidente, Itamar Franco.
Collor, então o presidente mais jovem do Brasil, na época com 40 anos, teve um governo marcado pelo Plano Collor e a abertura do mercado nacional às importações e o início de um programa nacional de desestatização. Inicialmente, as medidas do seu Plano tiveram uma boa aceitação, mas ao longo do tempo aprofundaram a recessão econômica e aumentaram inflação, que chegou aos 1200% ao ano. Para agravar ainda mais o quadro, um grande esquema de corrupção foi denunciado pelo seu irmão Pedro Collor de Mello, em maio de 1992. Entre os envolvidos estavam o tesoureiro Paulo César Farias (peça central no esquema), ministros, amigos e até a primeira-dama Roseane Collor.
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