No dia 29 de outubro de 2015, o Partido Comunista da China anunciou o fim da política do filho único no país. Com a decisão, os casais chineses podem ter até dois filhos.
A anúncio colocou fim à política que entrou em vigor na China entre o fim de 1979 e 1980. Com a determinação, o governo obrigava os casais a terem somente um filho. As exceções valiam para 55 minorias étnicas do país que não precisavam obedecer a lei, assim como casais de zonas rurais caso o primeiro filho fosse uma menina.
Na época, a decisão foi tomada com o objetivo de conter o problema da superpopulação na China - de acordo com especialistas, as medidas serviram para evitar que a população atual do país fosse de 1,7 bilhão de habitantes, contra os atuais 1,3 bilhão.
Após mais de 30 anos da política do filho único, o governo reconheceu o momento de rever a lei. Entre as razões está o envelhecimento rápido da população - em 2012, a população em idade ativa caiu na China. Além disso, há uma forte diferença entre o número de mulheres e homens no país, pois muitos casais preferiam que o único filho fosse homem, o que levou a um alto índice de abortos seletivos e abandonos de meninas.
Apesar da mudança na lei que agora permite dois filhos por casal, a expectativa é que isso demore para ocorrer na prática, pois especialistas acreditam que é também necessário tempo para que ocorra uma "mudança cultural", ou seja, que os casais queiram mais de um filho na China. Muitos também alegam fatores econômicos para ter somente um filho e também há o fato de que as mulheres não desejam mais muitos filhos.
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