O assassinato de John Kennedy foi trabalho de um único homem, Lee Harvey Oswald, e não houve conspiração, nacional ou internacional, no ataque a tiros que matou o presidente norte-americano no dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas. Esta foi a conclusão anunciada pela Comissão Warren, em um dia como este, no ano de 1964. O relatório sobre a morte de Kennedy foi encabeçado pelo chefe de Justiça Earl Warren e os outros seis membros da comissão que investigou o crime.
A comissão ainda concluiu que Jack Ruby agiu sozinho ao matar Oswald, quando este era transferido de uma cadeia para a outra, dois dias depois da morte de Kennedy. O documento não encontrou fundamento para as teorias de que os dois homens estariam associados de qualquer maneira. As investigações também afirmaram que não houve uma conspiração interna ou que comunistas estivessem envolvidos no assassinato de Kennedy.
Contudo, a comissão não apontou um fator determinante que teria levado Oswald a matar o presidente. O documento sugeriu que o assassino não tinha nenhum propósito racional que possa ser julgado "pelos padrões dos homens razoáveis". Por esta linha de pensamento, concluiu-se que o ato de Oswald foi um produto de toda a sua vida, "caracterizada pelo isolamento, frustração e fracasso", apesar dos seus 24 anos na época do assassinato.
Entre os fatores que são listados como motivação de Oswald para o assassinato estavam "seu ressentimento, profundamente enraizado contra toda a autoridade", "sua vontade de tentar encontrar um lugar na história" e seu "compromisso declarado ao marxismo e ao comunismo, pela forma como ele entendeu estes termos." A comissão Warren coletou o depoimento de 552 testemunhas e seu relatório teve 888 páginas.
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