A decadência da influência francesa no Egito foi compensada com a britânica e, dessa forma, a Grã-Bretanha chegou a controlar metade do Produto Interno Bruto do Egito, o governo, o exército e, na prática, a administração, ainda que oficialmente a monarquia mantivesse a autoridade no país. Após o dia 16 de dezembro de 1876, o Egito declarou a suspensão de pagamentos, não restando assim outra opção senão declarar-se protetorado do Reino Unido, que se comprometeu a ajudá-lo, em troca do cumprimento de rigorosas medidas econômicas, estabelecidas por uma comissão conjunta dos países europeus credores. A quantia da dívida pública foi estabelecida pela comissão e determinadas receitas ou bens produzidos em setores e/ou regiões específicas foram destinados para o pagamento da dívida. Sob um aspecto de solucionar os problemas financeiros, a comissão liderada pelo Reino Unido acabou intervindo no conjunto da política econômica egípcia e criou um governo de composição mista de egípcios e europeus, com uma maioria britânica.
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