O escritor irlandês Oscar Wilde foi preso no dia 6 de abril de 1895 após perder um processo por difamação contra o Marquês de Queensberry. Wilde mantinha um caso com o filho dele, Lorde Alfred Douglas, desde 1891, mas quando o indignado nobre o acusou de homossexualidade, o artista o processou. No entanto, ele perdeu o caso quando evidências sustentaram fortemente as acusações de que era praticante de "indecência vulgar".
Levado para a prisão de Holloway, Wilde acabou sendo libertado sob fiança um mês depois. Porém, em 25 de maio, ele foi considerado culpado e sentenciado a dois anos de trabalhos forçados. Debilitado, ele foi libertado em 19 de maio de 1897, após cumprir sentença em quatro penitenciárias diferentes.
Wilde era muito conhecido na época, autor de inúmeras peças brilhantes e populares, como A Importância de Ser Prudente (1895). Nascido e educado na Irlanda, ele foi à Inglaterra para estudar em Oxford, onde se formou com honras em 1878. Uma figura popular na sociedade inglesa por sua sagacidade e estilo exuberante, publicou seu próprio livro de poemas em 1881. Oscar passou um ano ensinando poesia nos EUA, onde suas roupas elegantes e sua devoção excessiva à arte foram consideradas ridículas por algumas pessoas.
Depois de retornar à Grã-Bretanha, Wilde se casou e teve dois filhos, para os quais escreveu contos de fadas, publicados em 1888. Também fez resenhas e editou a revista The Woman’s World. Em 1890, seu único romance, O Retrato de Dorian Gray, foi impresso em série, aparecendo em forma de livro no ano seguinte.
Wilde compôs sua primeira peça, A Duquesa de Pádua, em 1891, e mais outras cinco antes de sua prisão. O autor foi solto em 1897 e viajou a Paris, onde vários de seus leais amigos o visitaram. Ele voltou a escrever, produzindo A Balada do Cárcere de Reading, baseado em suas experiências na prisão. Wilde morreu de meningite aguda em 30 de novembro de 1900, na capital francesa.
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Imagem: Napoleon Sarony [Domínio Público], via Wikimedia Commons