A escritora e ex-modelo Danuza Leão morreu em 22 de junho de 2022, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Ela sofria de enfisema pulmonar e não resistiu a uma insuficiência respiratória. Personagem importante da sociedade carioca, ela também se destacou ao publicar livros de sucesso, como "Na Sala com Danuza".
Das passarelas aos jornais
Nascida em Itaguaçu, no Espírito Santo, aos 10 anos, Danuza se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Ainda na adolescência começou a trabalhar como modelo e se tornou a primeira brasileira a desfilar no exterior. Após atuar nas passarelas de Paris, voltou ao Brasil.
Aos 19 anos, Danuza conheceu o renomado jornalista Samuel Wainer, com quem se casou e teve três filhos. Além de sua atividade como modelo, ela também ficou conhecida pela produção de festas badaladas. Irmã da cantora Nara Leão (1942-1989), Danuza acompanhou o nascimento da bossa nova em seu apartamento em Copacabana, frequentado pelos principais artistas do gênero.
Danuza também foi jurada de programa de TV, entrevistadora, dona de boutique e produtora de arte. Como atriz, participou do filme “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha. Posteriormente, a escrita passou a ser sua principal atividade. Ela escreveu em veículos como “Jornal do Brasil”, “Folha de S.Paulo” e “O Globo”, abordando assuntos variados.
Em 1992, lançou o livro de etiqueta "Na Sala com Danuza", que se tornou um best seller. Na década seguinte, escreveu dois livros autobiográficos premiados com o Prêmio Jabuti, “Quase Tudo” (2005) e “Danuza Leão Fazendo as Malas” (2008). Na vida pessoal, após se separar de Wainer, ela se casou outras duas vezes, com o cronista e compositor Antônio Maria e com o jornalista Renato Machado.