Em 15 de outubro de 1990, o líder soviético Mikhail Gorbachev ganha o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho em acabar com as tensões da Guerra Fria. Desde que chegou ao poder, em 1988, Gorbachev se comprometeu em concentrar mais esforços e recursos em seus planos de reforma interna, fazendo tudo o que estava ao seu alcance para chegar a acordos políticos com os países não comunistas.
Algumas de suas realizações incluem quatro reuniões com o ex-presidente Ronald Reagan, incluindo um encontro em 1987, quando ele ainda era secretário Geral da URSS, no qual os dois chegaram a um acordo para desativar os mísseis americanos e soviéticos de alcance médio na Europa. Ele também começou a remover as tropas soviéticas do Afeganistão em 1988 e fez pressão diplomática em Cuba e no Vietnã para que retirassem seus exércitos de Angola e Kampuchea (atual Camboja), respectivamente. Em um encontro com o ex-presidente George Bush Pai, em 1989, Gorbachev declarou que a Guerra Fria tinha acabado.
Gorbachev também ganhou o respeito de muitas pessoas no Ocidente por causa de sua política de não intervenção durante agitações populares que sacudiram as nações “satélite” da Europa Oriental no final dos anos 80 e início dos 90. Quando a Tchecoslováquia, a Alemanha Oriental, a Polônia e outros países da Cortina de Ferro começaram a ir em direção a sistemas políticos mais democráticos e economias de livre mercado, Gorbachev fez com que a União Soviética não intervisse. (Essa política, no entanto, não se estendia aos países da república Soviética; esforços similares na Lituânia e em outros países foram recebidos com advertências severas e até violência para manter as Repúblicas Socialistas Soviéticas unidas).
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