Octávio Guinle, uma das figuras mais célebres do Rio de Janeiro, morreu no dia 14 de maio de 1968. O maior legado do empresário para a Cidade Maravilhosa foi a fundação do mundialmente famoso Copacabana Palace, em 1923. Eleito diversas vezes o melhor hotel da América do Sul pela World Travel Award, o local sempre foi sinônimo de luxo e sofisticação.
O empreendedor foi um dos principais responsáveis por gravar o nome da família Guinle na história brasileira. Seu pai, Eduardo Pallasim Guinle, começou a fazer fortuna em 1870, quando fundou um armazém de produtos importados no Rio. A partir desse estabelecimento, os negócios da família se ramificaram para a construção de ferrovias e estradas. Além disso, eles também investiram no ramo imobiliário. Mas a consolidação da fortuna veio com a fundação da Companhia Docas de Santos, cujos lucros fizeram dos Guinle uma das famílias mais ricas do Brasil.
Nascido nesse berço de ouro, Octávio seguiu os passos do pai. Seu grande feito foi ter fundado o Copacabana Palace, por solicitação do presidente Epitácio Pessoa, que queria um grande hotel como parte das celebrações do centenário da independência do país. O hotel era a menina dos olhos do empresário. Octávio tinha como hábito inspecionar duas vezes ao dia os 12 mil metros quadrados do edifício, passando o dedo nos móveis para conferir se estavam empoeirados.
Octávio também era entusiasta das artes e da gastronomia. Em 1938, converteu um dos vastos salões do Copacabana Palace no Golden Room, um dos principais espaços para apresentações musicais da época. Em 1946, ele fundou o Bife do Ouro, restaurante de luxo que também funcionava no hotel. O local ainda chegou a abrigar o mais bem equipado teatro da cidade. Ao morrer, Octávio deixou três filhos, Octávio Júnior, José Eduardo e Luiz Eduardo (pai da atriz Guilhermina Guinle).
Imagem: Hotel Copacabana Palace [Domínio público], via Wikimedia Commons