No dia 6 de agosto de 2001 morria, em Salvador (BA), Jorge Leal Amado de Faria, um dos grandes escritores brasileiros, vítima de uma parada cardiorrespiratória aos 88 anos. Jorge Amado é o autor com maior quantidade de obras adaptadas para a TV, como os casos dos sucessos Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos. Sua obra literária também foi adaptada para o cinema, teatro e serviu de inspiração para enredos de escolas de samba. Nascido em Itabuna (BA), no dia 10 de agosto de 1912, ele escreveu 49 livros, sendo alguns editados em 55 países, em 49 idiomas. Ele só foi superado em número de vendas pelo escritor Paulo Coelho. Seus livros têm como temas injustiças sociais, folclore, política, crenças e tradições e a sensualidade do povo brasileiro. Em 1951, recebeu o Prêmio Stalin da Paz e também títulos de Comendador e de Grande Oficial nas ordens da Argentina, Chile, Espanha, França, Portugal e Venezuela, além de ter sido feito Doutor Honoris Causa por dez universidades no Brasil, Itália, Israel, França e Portugal. Em 1961, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998. Além de escritor profissional, Jorge Amado foi jornalista e político de posição ideológica comunista. Por conta disso, viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma, e Eulália.
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