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Morre o playboy Jorginho Guinle

Herdeiro de uma família rica, sua trajetória foi recheada de festas, romances, viagens e luxúria
Por History Channel Brasil em 05 de Novembro de 2019 às 18:38 HS
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No dia 5 de março de 2004 morria, no Rio de Janeiro, Jorginho Guinle, um dos playboys mais famosos da história. Sua morte, aos 88 anos, foi causada por um aneurisma na aorta abdominal. Seu último desejo foi morrer no Copacabana Palace, hotel onde morava e que foi construído por sua família.

Família abastada

Jorginho Guinle nasceu em 1916, no Rio de Janeiro, em uma família abastada e influente. Seu pai, Carlos Guinle, era filho de Eduardo Palassin Guinle, empresário que fez fortuna ao conseguir a concessão para operar o porto de Santos no fim do século XIX.

Desde cedo, Jorginho levava um estilo de vida extravagante e hedonista. Ele se tornou conhecido como o arquétipo do playboy: alguém que vivia uma rotina de festas, viagens e luxúria, sem se preocupar muito com responsabilidades convencionais. 

Durante sua vida, Jorginho Guinle ficou famoso por suas aventuras sociais e romances com algumas das mulheres mais glamorosas de sua época. Ele frequentava os círculos mais exclusivos do Rio de Janeiro e de outras partes do mundo, interagindo com celebridades, artistas e membros da alta sociedade internacional. Segundo consta, ele colecionou romances com atrizes como Marilyn Monroe, Heddy Lamarr, Kim Novak, Rita Hayworth e Jayne Mansfield.

Mas não só de festas viveu Jorginho Guinle, alguns atribuem a ele um importante papel diplomático. Isso porque ele recebeu a missão de Nelson Rockefeller que ajudou a convencer o governo Getúlio Vargas a se aproximar dos aliados na Segunda Guerra. Além disso, como fã de jazz, foi autor do primeiro livro brasileiro sobre esse gênero musical, "Jazz Panorama" (1953).

Além de suas festas e romances, Guinle era conhecido por sua aversão ao trabalho convencional. Como herdeiro de uma grande fortuna, ele não precisava trabalhar para ganhar a vida. Ele afirmava ter planejado morrer sem deixar nenhum tostão, mas não pretendia viver além dos 70 anos. Como passou dessa idade, ficou sem dinheiro no fim da vida.

Jorginho torrou sua fortuna em uma série de extravagâncias. Ele era conhecido por gastar grandes quantias em festas, viagens e jogos, levando uma vida cercada de luxo e excessos. Mas a falta de dinheiro na maturidade não dependeu só dele. No fim da década de 1970, sua família perdeu a concessão do Porto de Santos: a partir daí, os negócios definharam e foram sendo vendidos um a um (inclusive o Copacabana Palace, que foi comprado pelo grupo Orient-Express em 1989).

Jorginho Guinle foi casado três vezes e deixou três filhos.

Imagens
Arquivo Nacional/Domínio Público, via Wikimedia Commons