No dia 30 de agosto de 2001, o empresário e apresentador de TV Silvio Santos foi mantido refém durante oito horas, dentro de sua própria casa, pelo sequestrador Fernando Dutra Pinto – o mesmo que sequestrara a filha do apresentador, Patrícia Abravanel, dias antes. O caso, digno de um roteiro de cinema, ganhou repercussão internacional.
Dias antes, em 21 de agosto, o bandido havia invadido a casa do apresentador e sequestrado Patrícia. Ela foi mantida em cativeiro por sete dias e Silvio Santos pagou meio milhão como resgate. Em 28 de agosto, Patrícia foi libertada e dois dos sequestradores foram presos. O mentor do crime, Fernando Dutra Pinto, só foi localizado no dia seguinte. Na perseguição, o bandido matou dois policiais, feriu um terceiro e fugiu.
O que ninguém esperava é que Fernando voltaria à cena do crime. Por volta das 7h do dia 30 de agosto, ele pulou o muro da casa de Silvio Santos e, desta vez, fez o apresentador de refém. Começou, então, uma transmissão, ao vivo, sem intervalos, por sete horas e meia, na maior cobertura da televisão desde a morte de Ayrton Senna.
A mulher e as filhas do apresentador foram liberadas logo no início da manhã, mas Fernando manteve Silvio Santos sob a mira de um revólver, sentado na cozinha da casa. O sequestrador exigia um helicóptero e atendimento médico – estava ferido devido à perseguição anterior.
Silvio Santos só escapou da morte quando o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em atitude polêmica, foi até a casa e convenceu o sequestrador Fernando Dutra Pinto a se entregar.
Meses depois, em janeiro de 2002, Fernando morreu na prisão, em circunstâncias misteriosas. Dos R$ 500 mil pagos como resgate de Patrícia, a polícia recuperou R$ 464 mil. Em dezembro de 2002, o caso foi encerrado sem maiores explicações.
Fontes: Mídia e Violência
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