A Operação Barbarossa foi o codinome dado pela Alemanha à invasão da União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Iniciada em 22 de junho de 1941, a ofensiva foi um dos maiores conflitos militares da história, com enormes repercussões políticas, sociais e humanas. O líder nazista Adolf Hitler previu uma vitória rápida, mas após o sucesso inicial, a campanha brutal se arrastou e acabou fracassando devido a erros estratégicos, ao frio do inverno rigoroso, à resistência soviética e ao desgaste sofrido pelas forças alemãs.
Derrota nazista
O objetivo da Operação Barbarossa era derrotar a União Soviética e subjugar seus territórios, estabelecendo o domínio alemão sobre vastas áreas da Europa Oriental. Adolf Hitler e seus generais acreditavam que uma invasão rápida e decisiva poderia quebrar a resistência soviética e garantir recursos estratégicos, como petróleo e terras agricultáveis.
As forças alemãs mobilizaram mais de três milhões de soldados, além de uma grande quantidade de tanques, aviões e artilharia. Inicialmente, a ofensiva alemã obteve sucesso, surpreendendo o Exército Vermelho, que estava mal preparado para um ataque de tal magnitude. Cidades como Minsk, Smolensk e Kiev caíram rapidamente nas mãos dos nazistas.
No entanto, a resistência soviética se mostrou incansável. O Exército Vermelho adotou uma tática de terra arrasada, destruindo infraestruturas e recursos valiosos para impedir o avanço alemão. Além disso, as duras condições climáticas e o vasto território dificultaram o abastecimento das tropas alemãs, estendendo suas linhas de suprimento ao limite.
A brutalidade da invasão ficou evidente desde o início. Os nazistas implementaram políticas de extermínio e perseguição contra judeus, comunistas, prisioneiros de guerra e populações locais consideradas "indesejáveis". Unidades móveis de extermínio, conhecidas como Einsatzgruppen, assassinaram em massa civis soviéticos, perpetrando crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Embora obtivessem ganhos territoriais, as forças alemãs também sofreram pesadas baixas, pois a vantagem numérica dos soviéticos e a força de sua resistência provaram ser maiores do que o esperado. No final de agosto, com as divisões Panzer alemãs a apenas 350 quilômetros da capital soviética, Hitler ordenou (apesar dos protestos de seus generais) que o avanço contra Moscou fosse adiado em favor do foco na Ucrânia ao sul.
Kiev, na Ucrânia, caiu nas mãos da Wehrmacht no final de setembro de 1941. No norte, os alemães conseguiram (com a ajuda de aliados finlandeses) isolar Leningrado do resto da Rússia, mas não foram fortes o suficiente para tomar a própria cidade. Em vez disso, Hitler ordenou que suas forças submetessem Leningrado à fome, iniciando um cerco que duraria cerca de 872 dias.
No início de outubro de 1941, Hitler ordenou o lançamento da Operação Tufão, a ofensiva alemã contra Moscou. O atraso deu aos soviéticos tempo para fortalecer a defesa de sua capital com cerca de 1 milhão de soldados e mil novos tanques T-34. Após um ataque inicial bem-sucedido, as estradas lamacentas literalmente paralisaram a ofensiva alemã fora de Moscou, onde os soldados se depararam com as defesas russas.
Em meados de novembro, as divisões Panzer tentaram uma última tentativa de cercar Moscou, chegando a 20 quilômetros da cidade. Mas os reforços da Sibéria ajudaram o Exército Vermelho a conter o ataque, interrompendo a ofensiva alemã para sempre quando o inverno brutal chegou. As forças soviéticas montaram um contra-ataque surpresa no início de dezembro, colocando os alemães na defensiva e forçando-os a recuar.
Apesar de seus ganhos territoriais e dos danos infligidos ao Exército Vermelho, a Operação Barbarossa falhou em seu objetivo principal: forçar a rendição da União Soviética. Embora Hitler tenha culpado o clima de inverno pelo fracasso da ofensiva de Moscou, toda a operação sofria com a falta de planejamento estratégico de longo prazo. Contando com uma vitória rápida, os alemães fracassaram em estabelecer linhas de abastecimento adequadas para lidar com as vastas distâncias, clima gelado e terreno difícil.