Em um dia como este, em 1944, Hitler escapava de um atentado com uma bomba que estava em uma maleta. Ela foi acionada, mas falhou em atingir o seu alvo. Autoridades do alto escalão alemão haviam determinando que Hitler deveria morrer. Hitler estava conduzindo o país para uma guerra suicida em duas frentes, e o seu assassinato era a única maneira de detê-lo. Um golpe de Estado aconteceria a seguir, e um novo governo em Berlim iria salvar a Alemanha da destruição completa nas mãos dos Aliados. Esse era o plano.
E esta era a realidade: o coronel Claus von Stauffenberg, chefe da reserva do exército, tinha recebido a ordem de plantar uma bomba durante uma conferência em Berchtesgaden, mas que mais tarde foi transferida para "A Toca do Lobo” de Hitler, um posto de comando em Rastenburg, Prússia. Stauffenberg plantou o explosivo em uma maleta, que foi colocada sob uma mesa e, em seguida, saiu rapidamente. Hitler estava estudando um mapa da frente oriental e o Coronel Heinz Brandt, para conseguir uma visão melhor do mapa, tirou a mala do lugar, afastando-a do Fuhrer. Às 12h42, a bomba explodiu. Quando a fumaça se dissipou, Hitler foi ferido, carbonizado e ainda sofreu a uma paralisia temporária de um braço, mas conseguiu escapar sem maiores ferimentos, tanto que ele ainda manteve um encontro com Benito Mussolini naquela mesma tarde. Apesar de Hitler ter sobrevivido, quatro pessoas morreram no atentado.
Assim que a bomba explodiu, Stauffenberg estava retornando a Berlim para realizar a Operação Valquíria, a derrubada do governo central. Em Berlim, ele e co-conspirador Geral Olbricht prenderam o comandante do exército de reserva, o general Fromm, e começaram a emitir ordens para o comandando de vários prédios do governo. Contudo, mais tarde chegou a noticia de que Hitler continuava vivo. Fromm, liberado da custódia sob a suposição de que ele iria reforçar o grupo contra Hitler fora do escritório, empolgou os conspiradores. Stauffenberg e Olbricht acabaram baleados no mesmo dia. Uma vez que Hitler descobriu a extensão da conspiração (que chegou até a ocupação francesa), ele deu início à liquidação sistemática de seus inimigos. Mais de sete mil alemães seriam presos (incluindo o pastor evangélico Dietrich Bonhoeffer) e até cinco mil seriam mortos - executados ou como suicídios. Hitler, Himmler, Goering deram um impulso ainda mais forte na Alemanha e sua máquina de guerra. O fato de ter sobrevivido ao atentado parece ter convencido ainda mais Hitler de que ele tinha um “destino” a cumprir: "eu considero isso como uma confirmação da tarefa imposta a mim pela Providência", e que "nada vai acontecer comigo (...) A grande causa a qual eu sirvo virá com seus perigos ... e tudo vai levar a um bom fim".