Nascido em 13 de julho de 1942, em Chicago, Illinois, Harrison Ford enfrentou dificuldades por anos como ator, até George Lucas escalá-lo em “Loucuras de Verão”, de 1973. Ele alcançou o superestrelato como Han Solo nos três filmes de “Star Wars” e como Indiana Jones em “Caçadores da Arca Perdida” e suas três sequências, que foram enormes sucessos de bilheteria.
Harrison Ford cresceu em Des Plaines, um subúrbio de Chicago, filho de um publicitário e de uma dona de casa. Quando criança, era alvo de bullying. Depois de se formar na escola secundária, em 1960, ele estudou inglês e filosofia no Ripon College, em Wisconsin. Lá, descobriu seu interesse por atuar quase por acidente. Ford se matriculou em um curso de teatro para conseguir uma boa nota com facilidade. Ele não era um bom aluno e acabou largando a faculdade antes de se formar.
Ao lado sua futura esposa, Mary Marquardt, traçou seu caminho para Hollywood nos meados dos anos 60. Ele assinou seu primeiro contrato com a Columbia, ganhando 150 dólares por semana. Depois foi para a Universal. Em 1966, fez sua estreia em um pequeno papel em “O Ladrão Conquistador”. Executivos do estúdio não se impressionaram com ele. Um deles disse a ele: “Você nunca vai se dar bem nesse negócio”. Frustrado com sua falta de sucesso, Ford passou a trabalhar como carpinteiro para complementar sua renda.
George Lucas deu a ele seu primeiro papel importante na sua comédia dramática juvenil “Loucuras de Verão”, de 1973, mas sua carreira não progrediu muito. Ele trabalhou com Francis Ford Coppola tanto como carpinteiro quanto como ator com pequenas pontas em “A Conversação” (1974) e “Apocalypse Now” (1979).
Em 1977, Ford colaborou novamente com Lucas em seu papel de revelação, Han Solo, em “Star Wars”. Essa interpretação ajudou a elevar seu status em Hollywood. As duas sequências da franquia, “O Império Contra-ataca” (1980) e “O retorno de Jedi” (1983), o transformaram em uma estrela. Nessa mesma época, ele deu vida a outro personagem lendário das telas, o arqueólogo Indiana Jones, em “Caçadores da Arca Perdida”, de 1981, dirigido por Steven Spielberg. O conto de ação e aventura, escrito em parte por George Lucas, tornou-se um enorme sucesso e gerou três sequências, incluindo “Indiana Jones e o Templo da Perdição” (1984) e “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989).
Ford aumentou sua reputação como ator dramático com vários papéis significantes nos meados dos anos 80. Ele ganhou uma indicação ao Oscar por seu trabalho em “A Testemunha”, de 1985, um drama criminal dirigido por Peter Weir. No ano seguinte, voltou a trabalhar com Weir como o inventor excêntrico em “A Costa do Mosquito”, ao lado de River Phoenix e Helen Mirren. Mesmo sendo um fracasso comercial, o filme lhe abriu as portas para outras oportunidades.
Em 1988, o ator mostrou um lado mais tranquilo na comédia romântica “Uma Secretária de Futuro”, com Melanie Griffith e Sigourney Weaver. Voltando para o papel de herói de ação, Ford estrelou “Jogos Patrióticos” (1992), no qual interpreta um agente da CIA. O personagem fez tanto sucesso com o público que ele o repetiu com “Perigo Real e Imediato” (1994). Nesse período, Ford já havia se tornado um dos atores mais bem pagos de Hollywood, ganhando 20 milhões de dólares por filme e 15% da sua renda bruta nas bilheterias.
Depois de anos com sucessos blockbusters, Ford teve alguns tropeços de meados para o final dos anos 90. Ele estrelou o decepcionante remake da comédia dramática de 1954 “Sabrina”, ao lado de Julia Ormand e Greg Kinnear. Coestrelando com Brad Pitt, viu o thriller de 1997 “Inimigo Íntimo”, também ter recepção ruim entre público e críticos. Mas ele provou que sua aptidão para grandes bilheterias não havia desaparecido quando interpretou o presidente dos EUA no thriller de ação de grande sucesso “Força Aérea Um”, no mesmo ano.
No início dos anos 2000, Ford passou a atuar cada vez menos e não teve nenhum papel de destaque até a volta de uma de suas franquias mais famosas, com “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008). O filme, novamente dirigido por Steven Spielberg, alcançou o topo das bilheterias no seu fim de semana de estreia e faturou mais de 786 milhões de dólares em todo o mundo. Em 2010, ele contracenou com Daniel Craig em “Cowboys & Aliens” e também atuou na comédia “Uma Manhã Gloriosa”, ao lado de Rachel McAdams e Diane Keaton, que se saiu bem nas bilheterias. Em 2013, voltou a mostrar seus talentos dramáticos em “42: A História de uma Lenda”, um longa sobre a vida da lenda do beisebol Jackie Robinson, no qual interpreta o executivo Branch Rickey. No mesmo ano, Ford fez também a ficção científica “Ender’s Game: O Jogo do Exterminador” e o thriller “Conexão Perigosa”.
No ano passado, ele fez a felicidade de fãs de todo o mundo com a notícia de que atuaria em um novo filme da série “Star Wars”, ao lado de Carrie Fisher e Mark Hamill. No início deste ano, deliciou plateias de todo o mundo ao aparecer em um teaser do filme, ao lado de Chewbacca. O longa, dirigido por J.J. Abrams tem estreia prevista para o Natal deste ano.
Piloto de longa data, Ford foi manchetes em março deste ano ao se envolver em um acidente aéreo com seu avião vintage. Ele foi obrigado a fazer um pouso forçado em um campo de golfe, em Venice, Califórnia, após ter problemas no motor. O avião acabou colidindo e Ford sofreu fraturas no tornozelo e na pélvis e cortes no rosto e nos braços. Ele passou por cirurgias, sem correr risco de vida, teve alta rapidamente e já está 100% recuperado.
O ator foi casado com sua namorada da faculdade, Mary Marquardt, de 1964 a 1979. Eles tiveram dois filhos. Ford se casou novamente com a roteirista Melissa Mathison em 1983, que conheceu durante as filmagens de “Apocalypse Now”, em 1979. Eles tiveram dois filhos e se separaram em 2001. Desde 2002, Ford está envolvido com a atriz Calista Flockhart, com quem, finalmente, casou-se em 2010.
Imagem: Georges Biard [CC BY-SA 3.0], via Wikimedia Commons