Millôr Fernandes é considerado um tipo de artista raro: impressionou crítica e público em todas as áreas em que se arriscou. Foi desenhista, tradutor, jornalista, roteirista de cinema, escritor, humorista e dramaturgo.
Viver é desenhar sem borracha.
Nascido no dia 23 de agosto de 1923, no Rio de Janeiro, Millôr Fernandes era filho do engenheiro Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes. Sua pai morreu quando ele tinha dois anos. Sua mãe faleceu quando o garoto tinha sete anos. Precisou trabalhar muito cedo, e, aos 15 anos, começou no jornalismo na revista "O Cruzeiro".
Passou ainda por "O Correio Brasiliense", "O Estado de São Paulo", "O Diário Popular", "O Pasquim", “Isto É”, “Jornal do Brasil”, “Veja” entre outros. Na internet, mantinha o site Millôr Online e seu perfil no Twitter já contava com mais de 285 mil seguidores. Sua fama era tão grande que, em 1948, foi apresentado ao próprio Walt Disney, em viagem aos Estados Unidos.
Prêmios e obras
Errar é humano. Botar a culpa nos outros, também.
No ano seguinte veio sua primeira incursão cinematográfica, com o roteiro de Modelo 19. Em 1953, viu a estreia de sua primeira peça de teatro, "Uma Mulher em Três Atos". Talento multifacetado, foi no teatro que ele mais colecionou prêmios, tanto por seus textos como por traduções de espetáculos conhecidos. Durante sua vida, Millôr manteve ainda uma longa relação com a jornalista Cora Rónai. Millor publicou mais de 40 títulos e, com seus desenhos, construiu a crônica dos costumes brasileiros ao longo de 60 anos.
Ele morreu no dia 27 de março de 2012, no Rio de Janeiro, vítima de uma falência múltipla de órgãos, aos 88 anos.
Imagem: Cynthia Brito [CC BY-SA 3.0], Wikimedia Common