Osvaldo Euclides de Sousa Aranha foi um político e diplomata brasileiro, considerado um dos homens mais importantes do seu tempo. Grande amigo e aliado de Getúlio Vargas, atuou nos bastidores da organização do golpe armado que derrubou Washington Luís, na Revolução de 1930. Também foi nomeado ministro das pastas da Justiça e da Fazenda, tornou-se embaixador em Washington, em 1934, e teve um papel decisivo na política externa brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. Após o término do conflito, ele presidiu a II Assembleia Geral da ONU, em 1947, que determinou a criação do estado de Israel.
Não serve a ninguém o homem que só de si se serve e só a si quer servir.
Osvaldo Aranha nasceu em Alegrete (RS), no dia 15 de fevereiro de 1894 e morreu no dia 27 de janeiro de 1960, no Rio de Janeiro, vítima de um ataque cardíaco. Ele era filho do fazendeiro Euclides Egídio de Sousa Aranha e de Luísa de Freitas Vale Aranha. Depois de passar a infância em sua cidade natal, foi para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Militar e, depois, passou pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais. Também estudou em Paris antes de se dedicar à política.
Amigo de Getúlio Vargas
As nações crescem, vivem e morrem como as criaturas.
Osvaldo Aranha se tornou um aliado de Getúlio Vargas e fez parte do golpe que derrubou Washington Luís e deu início à Revolução de 1930. Após passar pelos ministérios da Justiça e da Fazenda no governo de Getúlio, foi nomeado embaixador brasileiro nos Estados Unidos em 1934.
Nesta época, ficou impressionado com a democracia dos Estados Unidos e sempre atuou na construção de uma boa relação com este país, tornando-se amigo pessoal do presidente Roosevelt. Deixou o cargo de embaixador por não aceitar os rumos do país com o Estado Novo, em 1937. No ano seguinte, foi convencido por Getúlio Vargas a assumir o ministério das Relações Exteriores, onde, novamente, trabalhou por uma aproximação com os Estados Unidos.
Segunda Guerra Mundial
A tradição é a experiência dos povos consagrada pela tempo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, defendeu a aliança com os EUA e era contra as ideias dos militares, partidários de uma aproximação com a Alemanha. Em 1944, deixou o cargo de chanceler após se sentir enfraquecido no governo. Retornou à cena política em 1947, como chefe da delegação brasileira na recém criada Organização das Nações Unidas (ONU). Ele presidiu a segunda Assembleia Geral da ONU na votação para a divisão da Palestina, que resultou na criação do Estado de Israel naquele mesmo ano.
Em 1953, no segundo governo Vargas, voltou ao ministério da Fazenda com a missão de tirar o Brasil de uma crise econômica. Com a morte do amigo Getúlio Vargas, deixou o governo para se dedicar aos negócios particulares. No governo Juscelino Kubitschek, Osvaldo Aranha voltou para a ONU e depois deixou a vida pública.
Filé à Osvaldo Aranha
A civilização brasileira é cósmica, uma fusão de raças, terras e climas.
Grande apreciador da boa comida, ele sempre ia ao restaurante Cosmopolita, no Rio de Janeiro, famoso por sua clientela de políticos. Aranha, frequentemente, pedia bife com bastante alho, acompanhado de batatas portuguesas, arroz branco e farofa. O prato ficou tão conhecido, que hoje existe o Filé à Osvaldo Aranha, uma refeição tipicamente carioca.