Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental, reconhecido internacionalmente pela sua luta pela preservação da Floresta Amazônica.
Nascido em 15 de dezembro de 1944 e seringueiro desde criança, Chico Mendes só aprendeu a ler aos 20 anos, por conta da falta de escolas na região da floresta.
Em 1975, iniciou sua carreira como líder sindical, como secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. No ano seguinte, começou sua luta pacífica para impedir o desmatamento da floresta.
Ele também organizava ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos. Depois, Chico Mendes ocupou diferentes cargos na área sindical e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores.
Ele tentou a carreira política, candidatando-se ao cargo de deputado estadual tanto em 1982 quanto em 1986, mas não conseguiu se eleger.
Em 1985, participou da criação do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e da luta pela preservação da floresta e pelo modo de vida dos povos que ali vivem seringueiros, indígenas, castanheiros, pequenos pescadores, populações ribeirinhas - ganhou repercussão nacional e internacional.
Por conta de sua luta, algumas terras começam a ser desapropriadas, como o Seringal Cachoeira, de propriedade de Darly Alves da Silva. Com isso, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes. Apesar de o líder dos seringueiros avisar polícia e imprensa que poderia ser morto, inclusive citando nomes de quem o ameaçava, quase nada foi feito.
No dia 22 de dezembro de 1988, em Xapuri, no Acre, Chico Mendes foi assassinado com tiros disparados do fundo de sua casa, quando saía para tomar banho em uma dependência externa.
Em 15 de dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e seu filho Darcy Alves Ferreira a 19 anos de prisão pelo crime. O terceiro acusado, Jardeis Pereira, não foi a julgamento, pois estava foragido. A sentença foi definida no mesmo dia em que Chico Mendes completaria 46 anos de idade. O julgamento foi destaque na imprensa nacional e internacional e contou com a presença de representantes políticos, sindicalistas e religiosos, além de um grande número de pessoas, na maioria seringueiros.
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