Renato Manfredini Júnior, mais conhecido como Renato Russo, foi vocalista, baixista, compositor e líder da banda Legião Urbana, que fez muito sucesso nos anos 80 e 90.
Pecado é provocar desejo e depois renunciar.
(Soul Parsifal)
Apesar de não existir mais por conta da morte de Renato Russo, o grupo segue vendendo músicas até os dias atuais e é considerado um dos mais importantes da história recente do rock brasileiro. Estima-se que a banda tenha vendido mais de 20 milhões de discos quanto estava em atividade e ainda segue com bons números de vendas até os dias atuais.
Renato Russo nasceu no dia 27 de março de 1960, no Rio de Janeiro, e morreu em 11 de outubro de 1996, aos 36 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações da AIDS. Ele era filho filho do economista Renato Manfredini, funcionário do Banco do Brasil, e de Maria do Carmo, professora de inglês.
Nova York
Nas favelas, no senado, sujeira pra todo lado! Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.
(Que País É Este?)
Ainda criança, quando tinha entre 7 e 10 anos, Renato morou com os pais em Nova York, onde aprendeu inglês. Depois, viveu em Brasília, cidade em que teve uma vida de classe média alta e que tanta influência exerceu na música de Renato. Quando tinha 15 anos, o músico passou por cirurgias e ficou na cama por quase seis meses por causa de uma doença óssea chamada epifisiólise. Nesta época, passou a ler e a escutar muita música
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Legião Urbana
Agora, as pessoas acham que eu tenho a resposta, eu não sei qual é a pergunta.
(O Teatro dos Vampiros)
Na Capital Federal, Renato Russo fez parte da banda Aborto Elétrico, entre 1978 e 1982, influenciado pela banda punk inglesa Sex Pistols. Deixoua banda por conta de divergências internas e, durante um período, ficou conhecido como o “Trovador Solitário”, em que cantava e tocava um violão de 12 cordas sozinho. Depois, integrou a Legião Urbana, onde gravou nove discos e permaneceu até sua morte. A banda era composta por Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Paulista. Um ano depois, Paraná e Paulista deixavam a banda e entrava Dado Villa-Lobos. O músico adotou o sobrenome Russo em homenagem ao inglês Bertrand Russell e aos franceses Jean-Jacques Rousseau e Henri Rousseau. Renato também realizou três trabalhos solo: The Stonewall Celebration Concert, Equilíbrio Distante e O Último Solo.
À frente da Legão Urbana, ele se consolidou como um dos mais influentes músicos do rock nacional e deixou clássicos como Será, Geração Coca-Cola, Que País é Este?, Eduardo e Mônica, Faroeste Cabloco e Meninos e Meninas. Para alguns fãs, a paixão e a veneração pela banda chegava a ter um tom messiânico, sendo que alguns a chamavam de Religião Urbana. Renato Russo, contudo, sempre rejeitou este status.
Preconceitos
Quem pensa por si só é livre e ser livre é coisa muito séria.
Em sua vida particular, Renato Russo sempre teve que lidar com o preconceito. Primeiramente, pelo fato de ser homossexual. Quando tinha 18 anos, ele assumiu a sua mãe que gostava de homens. Em 1990, ele teria contraído AIDS após um relacionamento em Nova York. Renato Russo nunca assumiu publicamente a doença. Ele também tinha problemas com uso de álcool e depressão. O músico ainda teve um filho, Giuliano, fruto de um relacionado rápido com uma fã. A mãe da criança morreu um ano depois do nascimento da criança, vítima de um acidente, e a guarda de Giuliano ficou com os pais de Renato. No cinema, a vida do músico foi retratada em dois filmes: Somos Tão Jovens e Faroeste Caboclo.
Foto: Divulgação [CC BY 3.0 br], via Wikimedia Commons