Conheça os muçulmanos que arriscaram a vida para salvar judeus na II Guerra
As histórias são a prova de que a solidariedade humana vai além da fronteira ideológica e religiosa!
Às vezes os verdadeiros heróis aparecem na pele das pessoas mais improváveis. É o que comprovam as incríveis histórias de muçulmanos que arriscaram suas vidas e de suas famílias para salvar judeus durante a Segunda Guerra.
As histórias, que estão expostas em uma sinagoga em Nova York, comemoram o dia memorial do Holocausto, criado na Europa em homenagem às vítimas.
Conheça algumas:
Kaddour Benghabrit
Durante a Segunda Guerra, o fundador do Instituto Muçulmano da Grande Mesquita de Paris ajudou a forjar papeis atestando que os judeus eram, na verdade, muçulmanos. Assim, salvou centenas de pessoas da deportação ou do envio para os campos de concentração.
Abdelhamid Ben Badis
Fundou a Liga Algeriana de Muçulmanos e Judeus. Seu sucessor, Taieb El-Okbi, emitiu uma ordem que proibia matar e se apoderar de bens de judeus.
Bayezid II
O sultão do Império Otomano enviou uma esquadra para resgatar judeus da Espanha logo após a ordem de expulsão, em 1942. O sultão não apenas reassentou os refugiados como também lhes deu cidadania.
Rei Zog I
A Albânia, um país majoritariamente muçulmano, abriu suas fronteiras aos judeus refugiados durante a Segunda Guerra. Além disso, o Rei instruiu todas as embaixadas albanesas pelo mundo a emitir vistos a judeus que precisassem de ajuda. O país foi o único do continente europeu a ter mais judeus depois da Guerra.
Muhammad V
O sultão do Marrocos se recusou a seguir as ordens antissemitas do governo francês (controlado pelos nazistas) que exigiam a exclusão imediata de 200 mil judeus de funções públicas, obrigando-os a usar uma estrela amarela. Para confrontar ainda mais os alemães, o sultão convidou dezenas de rabinos para a celebração do seu sultanato, em 1941.
“Essas histórias são poderosas porque mostram uma perspectiva diferente à humanidade: que há esperança mesmo em tempos como o do Holocausto”, disse à Revista Time o professor especializado em Islã e Holocausto, Mehnaz Afridi.
As narrativas foram retiradas do site I Am Your Protector – algo como “Sou Seu Protetor”. A ideia é divulgar casos de solidariedade entre seres humanos que estão, teoricamente, em lados opostos. O projeto não se limita apenas a judeus e muçulmanos. Fala sobre refugiados, imigrantes ilegais e de pessoas que enxergam humanidade na outra, independente de qualquer crença, cor ou origem. Vale a visita.
FONTE: I Am Your Protector e Time
IMAGENS: I Am Your Protector/Reprodução