Noruegueses frustraram plano de bomba atômica nazista que destruiria Londres
Em 1939, preocupado com a possibilidade de a Alemanha ter seu próprio projeto para desenvolver armas nucleares, Albert Einstein enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, avisando-o da ameaça iminente. Naquela época, o regime de Adolf Hitler colocou seus físicos para trabalhar na obtenção de uma bomba atômica que seria usada para destruir Londres. E os nazistas só não conseguiram fabricar a arma de destruição em massa devido a um ataque da resistência norueguesa.
Vídeo relacionado:
Quando os alemães invadiram a Nouega, em 1940, eles se apropriaram de uma fábrica que produzia água pesada, elemento essencial para a obtenção de reatores nucleares. Mas apesar de ter recebido certa prioridade de acesso a materiais e força de trabalho, o projeto nuclear nazista se desenvolveu a passos lentos. Os experimentos no protótipo de reator não começaram até o final de 1943. Naquele ano, preocupados com a ameaça atômica, os aliados bombardearam a fábrica norueguesa, por ordem do primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Depois disso, os nazistas ainda tentaram enviar o material para a Alemanha por meio de trens e balsas.
Naquela época, os alemães sabiam que a derrota militar era inevitável. Além disso, as condições em Berlim, especialmente após os intensos bombardeios, tornaram a continuação das pesquisas muito perigosa, quase impossível. O golpe final ao projeto atômico nazista aconteceu em 1944, quando a resistência norueguesa usou uma bomba-relógio para explodir uma balsa carregada de água pesada com destino à Alemanha. De acordo com o historiador naval Eric Grove, a perda desse material foi decisiva para o fracasso da empreitada nuclear alemã.
Em 1945, com a chegada dos aliados à capital do Reich e o fim da guerra, o projeto foi finalizado oficialmente. Terminava assim a pretensão dos nazistas de produzirem uma arma que poderia dizimar seus inimigos, mudando o destino do conflito.
Imagem: Shutterstock.com