Quem foi Joseph Goebbels, braço direito de Hitler e Ministro da Propaganda nazista
Em 1933, ano em que Adolf Hitler se tornou chanceler da Alemanha, ele nomeou Joseph Goebbels, seu fiel amigo, para o posto de Ministro da Ilustração Popular e Propaganda. No cargo, Goebbels tinha a função de apresentar Hitler ao público da maneira mais favorável possível, além de controlar o conteúdo de toda a mídia alemã e fomentar o antissemitismo. Entre seus atos, Goebbels fez com que artistas e jornalistas judeus fossem demitidos, e promoveu uma queima pública de livros considerados subversivos. Ele também era responsável por estimular a produção de filmes de propaganda nazistas.
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Filho de família católica abastada, Goebbels recebeu uma educação esmerada e se destacou como estudante. Um defeito físico nas pernas evitou seu alistamento no exército durante a Primeira Guerra Mundial. Depois de estudar literatura e filosofia, em 1921 ele graduou-se em filologia germânica pela Universidade de Heidelberg.
Na primeira metade da década de 1920, depois de fracassar como jornalista, romancista e dramaturgo, Goebbels tornou-se membro do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que promovia o nacionalismo alemão e o antissemitismo. Foi quando ele conheceu o líder da organização, Adolf Hitler. Naquela época, a autoestima alemã estava baixa após a derrota na Primeira Guerra Mundial. Hitler e Goebbels acreditavam que palavras e imagens eram armas potentes que poderiam ser usadas para explorar esse descontentamento. Hitler ficou impressionado com a capacidade de Goebbels de comunicar seus pensamentos por escrito, enquanto Goebbels admirava o talento que Hitler apresentava para falar na frente de multidões, empregando palavras e gestos que mexiam com o orgulho nacionalista alemão.
Nos anos seguintes, Goebbels ascendeu no Partido Nazista, que chegaria ao poder com Hitler em 1933. Como Ministro da Propaganda, Goebbels tinha controle completo sobre o conteúdo de jornais, revistas, livros, músicas, filmes, peças de teatro, programas de rádio e artes plásticas. Sua missão era censurar toda a oposição a Hitler, louvando o chanceler e os nazistas, enquanto despertava ódio pelo povo judeu.
Em abril de 1933, por ordem de Hitler, Goebbels orquestrou um boicote à empresas judaicas. No mês seguinte, ele organizou a queima de livros "não-alemães" durante uma cerimônia pública na Ópera de Berlim. As obras de dezenas de escritores foram destruídas, incluindo trabalhos de Thomas Mann, Albert Einstein, Émile Zola, Helen Keller, Marcel Proust, Sigmund Freud, HG Wells, Jack London e André Gide.
Em setembro do mesmo ano, Goebbels tornou-se diretor da recém-criada Câmara de Cultura do Reich, cuja missão era controlar todos os aspectos das artes. O departamento forçou a demissão de artistas judeus, incluindo escritores, músicos, atores e diretores de teatro e cinema. Como os nazistas viam a arte moderna como imoral, Goebbels instruiu que toda essa arte "decadente" fosse confiscada e substituída por obras com conteúdo mais representativo. Segundo o livro "Goebbels: a Biography" ("Goebbels: uma Biografia"), de Peter Longerich, o ministro nazista afirmou: "A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".
Com a explosão da Segunda Guerra Mundial, sua atividade propagandista aumentou consideravelmente, em um esforço para manter a alta moral do exército e do povo da Alemanha. Ao mesmo tempo, ele justificava as atrocidades cometidas pelo regime.
Goebbels foi um dos maiores defensores dos pontos de vista de Hitler e seu mais fiel colaborador. Ao longo da Segunda Guerra, seu fanatismo se acentuou. A versão oficial dá conta de quem em 1945, diante da iminente queda de Berlim, teria envenenado os seus seis filhos antes de suicidar-se junto com a sua esposa.
Fonte: History.com
Imagem: Domínio Público, via Wikimedia Commons