Reforma revela que Big Ben foi mais danificado por bombas nazistas do que se imaginava
Desde 2017 a torre onde fica o icônico relógio Big Ben, em Londres, passa por uma reforma. Agora, foi revelado que os trabalhadores descobriram que a estrutura foi mais danificada pelos bombardeios nazistas durante a Segunda Guerra Mundial do que se imaginava. Com isso, o custo do processo de restauração irá subir de U$ 79,7 milhões para U$ 104 milhões.
Cerca de 43 mil civis morreram em ataques nazistas na capital britânica entre 1940 e 1941. As investidas alemãs também danificaram inúmeros edifícios. De acordo com especialistas, um bombardeio em maio de 1941, que teve como alvo a Câmara dos Comuns, causou sérios danos ao telhado da torre e ao mostrador do Big Ben. O relógio fica na Torre Elizabeth, no Palácio de Westminster, prédio que abriga o Parlamento britânico.
De acordo com Ian Ailles, diretor geral da Câmara dos Comuns do Reino Unido, ninguém tinha noção da extensão dos danos até o início das obras de restauração. Além dos estragos causados pelas bombas, foram constatados prejuízos relacionados a outras causas, como o uso extensivo de tinta tóxica e a poluição. "Juntamente com outras questões, como o impacto de métodos de conservação inadequados aplicados por nossos antecessores, só agora conseguimos entender completamente o investimento total necessário para finalizar este projeto", afirmou Ailles.
Essa é a maior reforma pela qual já passou o Big Ben, inaugurado há 161 anos. As obras estão previstas para serem concluídas em 2021. Depois que a reforma da torre e do relógio terminar, o restante do Palácio de Westminster deve ser restaurado. O projeto de recuperação do prédio está orçado em U$ 4,5 bilhões.
Confira abaixo imagens dos prejuízos sofridos pela Câmara dos Comuns após o bombardeio nazista de 1941:
Imagem: chrisontour84/Shutterstock.com