Em um dia como esse, no ano de 1919, o Afeganistão conquistava a sua independência dos Reino Unido, depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e com a assinatura do Tratado de Rawalpindi.
O rei Amanullah estava no poder nesta época, e a versão final do tratado foi assinada em 1921. Antes disso, os afegãos concluíram uma tratado amigável com o novo regime bolchevique na União Soviética. O país, por sinal, foi um dos primeiros a reconhecer o governo soviético. A relação entre os dois regimes seguiu até 1979, quando a União Soviética invadiu o Afeganistão.
Amanullah mudou o nome do seu cargo para "rei" em 1923 e começou uma década de reformas - incluindo mudanças constitucionais e administrativas, permitindo mulheres de remover seus véus e estabelecendo novas normas na educação, o que desagradou religiosos conservadores e líderes tribais.
Uma guerra civil teve início em 1928, e o líder Bacheh Saqqaw, da etnia Tajik, ocupou Kabul. Amanullah abdicou em janeiro de 1929 em favor do seu irmão mais velho, Inayatullah, mas Bacheh Saqqaw se autoproclamou Ḥabibullah Ghazi (ou Ḥabibullah II), emir do Afeganistão. Amanullah não conseguiu retornar ao trono e passou a viver exilado na Itália. Ele morreu em 1960, em Zurique, na Suíça.
A atual República Islâmica do Afeganistão é um estado sem litoral, localizado em um ponto estratégico no centro da Ásia. Faz fronteira com Irã, Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e China no nordeste. Possui uma população em torno de 29 milhões de pessoas, e seu território sempre foi ponto de migração humana. Arqueólogos encontraram ali evidências de presença humana desde 50 mil a.C.