Desde o dia 3 de outubro de 1990, a Alemanha celebra o dia da reunificação do país. Em uma cerimônia emocionante, à meia-noite daquele dia, a bandeira da Alemanha Ocidental, agora o símbolo de uma só nação, foi elevada acima do Portão de Brandemburgo, em Berlim, marcando o momento histórico.
A divisão do país havia acontecido após sua derrota na 2ª Guerra Mundial. Os setores controlados pela França, Reino Unido e Estados Unidos foram fundidos em 23 de maio de 1949 para formar a República Federal da Alemanha (RFA, ou Alemanha Ocidental). Em 7 de Outubro de 1949, a Zona Soviética constituiu-se na República Democrática da Alemanha (RDA, ou Alemanha Oriental).
Apesar dos supostos benefícios sociais da Alemanha Oriental, muitos dos cidadãos do lado comunista olhavam para o Ocidente em busca de liberdade política e de prosperidade econômica. O Muro de Berlim, construído em 1961 para impedir a fuga dos alemães do leste para a Alemanha Ocidental, tornou-se um símbolo da Guerra Fria.
A crise do regime comunista da União Soviética durante o fim da década de 1980 refletiu na Alemanha Oriental, revelando as comprometidas fundações do sistema econômico do país. O marco alemão-oriental era praticamente inútil fora da Alemanha Oriental por algum tempo antes dos eventos de 1989-90.
O regime da Alemanha Oriental começou a vacilar em maio de 1989, quando a remoção da cerca na fronteira com a Hungria abriu um buraco na Cortina de Ferro, o que causou o êxodo de milhares de alemães orientais, que fugiram para a Alemanha Ocidental e para a Áustria, através do território húngaro. Em 28 de novembro de 1989, duas semanas após a queda do Muro de Berlim, o chanceler da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl anunciou os 10 pontos de um programa de cooperação entre as duas Alemanhas. O projeto visava a eventual reunificação, que se concretizaria no ano seguinte.
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