No dia 4 de maio de 1979, o imponente edifício Martinelli, um dos marcos da cidade de São Paulo, foi re-inaugurado pelo prefeito Olavo Egydio Setúbal.
A construção idealizada por Giuseppi Martinelli, inaugurada em 1929, conheceu seu período áureo e depois uma época de decadência, a partir de 1950, quando passou para a mão de 103 proprietários que não conseguiram administrar o prédio.
Aos poucos, o local se transformou em um cortiço e muitas pessoas chegaram para morar no edifício, adaptando as estruturas existentes às suas necessidades. Em seus andares moravam famílias, havia bares e prostíbulos. Os corredores eram escuros, havia lixo no fosso dos elevadores e por ali se escondiam bandidos. Alguns crimes que ocorreram no prédio ficaram bastante conhecidos na época.
Por conta de toda a situação, uma reforma foi financiada pela Prefeitura de São Paulo, Banco Itaú e alguns dos proprietários do prédio. A prefeitura comprou a parte dos proprietários que não tinham dinheiro para ajudar na reforma. Todos os moradores receberam ordem de despejo para dar início às obras. O principal objetivo foi fazer um processo de revitalização no prédio.
Atualmente, cerca de 70% do prédio é público e os outros 30% são de particulares. O Martinelli é composto por 11 lojas na área externa e abriga a Secretaria da Habitação e de Planejamento, a Companhia Metropolitana de Habitação - COHAB e a Empresa Municipal de Urbanização – EMURB”. O prédio possui um belíssimo terraço no seu 26° andar, onde se tem uma visão panorâmica da cidade. O edifício possui 30 andares e 105 metros de altura.
Quando foi inaugurado, em 1929, o Martinelli ultrapassou o edifício A Noite, localizado no Rio de Janeiro, o mais alto arranha-céu do Brasil e da América Latina. Quando o prédio ficou pronto, o Conde Martinelli mudou-se com a família para o topo do edifício para acabar com os rumores de que a construção poderia cair.
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