Uma farsa da paleoantropologia veio à tona em um dia como este, no ano de 1953, após um anúncio do Museu de História Natural Britânico. Quarenta anos após a sua "descoberta", o famoso "Homem de Pildown" revelou ser uma brincadeira de mau gosto. Seus fragmentos - partes de um crânio e mandíbula - que teriam sido encontrados em Piltdown, East Sussex, Inglaterra, em 1912, foram anunciados como vestígios da raça humana de um período desconhecido. O achado recebeu o nome de Eoanthropus dawsoni, uma homenagem a Charles Dawson, que foi quem coletou a amostra.
Contudo, a descoberta sempre foi alvo de controvérsia e, em 1953, com novos recursos técnicos disponíveis, ficou comprovada a falsificação, que consistia na combinação da parte inferior do maxilar de um orangotango com um crânio de um humano moderno. Segundo os relatórios, foi utilizada uma lima para desgastar os dentes, para parecerem mais velhos, bem como os ossos (ou parte destes), que foram submetidos a substâncias químicas com o mesmo objetivo.
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