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Fidel Castro anuncia apoio de Cuba à URSS

Por History Channel Brasil em 26 de Julho de 2019 às 12:02 HS
Fidel Castro anuncia apoio de Cuba à URSS-0
Em um dia como este, no ano de 1960, o líder cubano Fidel Castro fez um duro ataque contra o que ele chamou "agressão " e " imperialismo" dos Estados Unidos, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Por mais de quatro horas, Castro criticou a política dos EUA em relação a Cuba e outros países da América Latina, Ásia e África. Os Estados Unidos, declarou ele, "tinham decretado a destruição " de seu governo revolucionário. 
 
A chegada de Castro a Nova York foi impactante. Ele se sentiu ofendido pela atitude do hotel Shelburne Hotel e, tanto ele como sua comitiva, ficaram num hotel barato, o Hotel Theresa, na área pobre de Harlem, onde encontrou figuras contra o poder estabelecido como Malcolm X. Fidel também foi visitado pelo premiê soviético Nikita Khruschev. Os dois líderes destacaram publicamente a pobreza enfrentada pelos cidadãos norte-americanos em áreas como Harlem. Fidel definiu Nova York como uma "cidade de perseguição" contra os americanos negros e pobres. As relações, evidentemente, eram próximas entre Castro e Khrushchev. Embora Castro tenha negado publicamente ser um socialista, Khrushchev informou sua comitiva que o cubano se tornaria "um farol do socialismo na América Latina". 
 
Em uma parte do seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Fidel falou sobre a sua decisão de fazer acordos comerciais com a União Soviética: "Queríamos vender os nossos produtos e fomos em busca de novos mercados. Nós assinamos um tratado de comércio com a União Soviética, em que gostaríamos de vender um milhão de toneladas de açúcar e iríamos comprar uma certa quantidade de produtos soviéticos. Certamente, ninguém pode dizer que este é um procedimento incorreto. Pode haver alguns que não fariam tal coisa porque pode desagradar certos interesses. Nós, realmente, não temos que pedir permissão para ninguém para assinar um tratado de comércio com a União Soviética porque nos consideramos, continuamos a nos considerar e vamos sempre nos considerar um país verdadeiramente independente e livre".
 

Imagem: via Wikimedia Commons