Watergate foi o escândalo político que envolveu a revelação de atividades ilegais por parte da administração republicana do presidente norte-americano Richard Nixon durante a campanha eleitoral de 1972. O caso é considerado um dos mais repercutidos da história política dos Estados Unidos. O escândalo começou durante a noite de 17 de junho de 1972, quando Bernard Barker, Virgilio González, Eugenio Martínez, James W. McCord, Jr. e Frank Sturgis foram presos no prédio do hotel Watergate, na sede do comitê eleitoral do Partido Democrata, o principal partido opositor. Pretendiam instalar microfones e câmaras para fazer escutas clandestinas. Todos eles (menos McCord) eram agentes da CIA. Quando o escândalo parecia cair no esquecimento, Bob Woodward e Carl Bernstein, dois jornalistas do The Washington Post, revelaram detalhes do assunto e acusaram o presidente de tratar de congelar as investigações. Os jornalistas foram "guiados" por um misterioso personagem, batizado de "garganta profunda", que levou os repórteres a descobrirem o caso de espionagem no que estavam implicadas as mais altas instâncias do Estado e foi um marco na investigação jornalística. Ante a evidência de espionagem, em 17 de maio de 1973 foi formada uma comissão investigadora. A partir de então, e durante dois anos, foram surgindo cada vez mais elementos que comprometiam a atuação de Nixon. Ainda que no princípio ele tenha se defendido negando ter conhecimento do fato, finalmente admitiu as acusações. O Presidente e seu vice-presidente, Spiro Agnew, foram reeleitos, mas o escândalo não parou. Em 24 de julho de 1974 a Corte Suprema acusou Nixon de "obstruir as investigações judiciais", "abuso de poder", "ultraje ao Congresso" e de haver utilizado a CIA e o FBI com fins políticos. Finalmente Nixon renunciou ao seu cargo em 8 de agosto desse ano.
Imagem: [Domínio público], via Wikimedia Commons