A Matança de Tlatelolco ocorrida no dia 2 de outubro de 1968 na Praça das Três Culturas do Conjunto Urbano Nonoalco Tlatelolco na cidade do México foi uma agressão militar e paramilitar tramada pelo governo mexicano de Gustavo Dias Ordaz, contra um grupo de estudantes que manifestavam descontentamento com a então presidente. Não se conseguiu esclarecer exatamente a quantidade de mortos, mas algumas estimativas apontam para centenas (mais de 300 pessoas). Além de dezenas de pessoas terem sido feridas muitas outras foram detidas, acusadas por delitos políticos.
Analistas políticos e historiadores coincidem em assinalar que este movimento e seu terrível desenlace incitaram a uma permanente e mais ativa atitude crítica e opositora ao governo nas universidades públicas, bem como fomentaram o desenvolvimento de guerrilhas urbanas e rurais nos anos setenta, empurrando mais para frente a mudança legal e institucional de dentro do próprio regime, através da Reforma Política de 1977, para alcançar a paulatina democratização do país. Autores como Fernand Braudel, Immanuel Wallerstein e Carlos Antonio Aguirre Rojas coincidem em assinalar este movimento do México inserido em um contexto mundial, no qual as lutas sociais surgiam dentro das universidades.
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