No dia 15 de janeiro de 1919 morria assassinada em Berlim, na Alemanha, Rosa Luxemburgo, importante teórica e ativista do socialismo e do comunismo no século 20. Ela tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia da Polônia (SDKP) e ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD). Também participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Nascida na Polônia no dia 5 de março de 1871, Luxemburgo já participava de movimentos políticos desde muito nova. Em 1889, ela se mudou para Zurique, na Suíça, onde estudou economia, política e direito. Em 1897, ela aceitou um casamento de conveniência com Gustav Lübeck, a fim de obter a cidadania alemã. Logo após filiar-se ao Partido Social-Democrata da Alemanha, começou a atuar na agitação revolucionária.
Entre 1904 e 1906, Luxemburgo foi presa por suas atividades políticas em três ocasiões. Nessa época, começou a defender sua teoria de greve das massas como o instrumento de luta revolucionária mais importante do proletariado. Em 1907, ela conheceu Vladimir Lênin durante um evento social-democrata russo em Londres. Assim como Lênin, ela acreditava na derrubada violenta do sistema capitalista, porém, era contra o nacionalismo que, na sua opinião, resultaria em um estado autoritário.
Em 1915, Luxemburgo passou um ano na prisão por agitação antimilitarista. Seu artigo A Revolução Russa (1918), sobre os eventos do ano anterior na Rússia, alertava para o perigo de os bolcheviques instalarem uma ditadura totalitária no país. Apesar disso, o livro enaltece a iniciativa revolucionária dos bolcheviques e destaca a importância da Revolução Russa e da ditadura do proletariado no cenário internacional, criticando, porém, a violência revolucionária.
Em 15 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, líderes do Partido Comunista da Alemanha, foram presos e levados para interrogatório devido ao seu papel em fomentar um levante comunista conhecido como Revolta de Spartacus. Os responsáveis pela captura dos dois faziam parte de um grupo paramilitar chamado Freikorps. Seu comandante, capitão Waldemar Pabst, junto com o tenente Horst von Pflugk-Harttung, os interrogou sob tortura e depois deu a ordem para executá-los sumariamente. Luxemburgo foi golpeada com uma espingarda e depois baleada na cabeça. Seu corpo foi jogado no canal Landwehr de Berlim. Liebknecht também morreu com um tiro.
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