No dia 28 de novembro de 1975, morria o escritor, professor e tradutor Érico Veríssimo, em Porto Alegre (RS). Considerado um dos escritores brasileiros mais populares do século XX, com obras traduzidas para mais de 15 idiomas, ele nasceu em Cruz Alta (RS), no dia 17 de dezembro de 1905. Quando faleceu, Érico Veríssimo deixou inacabada a segunda parte de seu livro de memórias Solo de Clarineta. Sua obra-prima, contudo, que lhe deixou famoso no Brasil e no exterior foi a trilogia O tempo e o vento. Dividida em O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962), os romances contam a história do Rio Grande do Sul, de 1680 até o fim do Estado Novo em 1945, por meio das famílias Terra e Cambará. A obra virou novela, minissérie e filme. Seu primeiro grande sucesso foi Olhai os lírios do campo, lançado em 1938. O livro foi adaptado para o cinema, Mirad los lirios (1947), uma produção argentina. Outra obra de grande sucesso foi Incidente em Antares (1971), que liderou a lista de livros nacionais mais vendidos durante semanas. Este foi precedido por Senhor embaixador (1965), que ganhou o Prêmio Jabuti, na categoria romance. Em 1973, publicou o primeiro volume de Solo de Clarineta, sua segunda e ampliada autobiografia. Contudo, quando estava escrevendo o segundo volume, Érico Veríssimo foi vítima de um enfarte. Durante sua vida, Érico Veríssimo também escreveu contos, livros infanto-juvenis, ensaios e narrativas de viagens. Neste último gênero, publicou, por exemplo, A volta do gato preto (1946), sobre sua vida nos Estados Unidos. Entre suas traduções, ele transcreveu do inglês para o português vários livros, entre eles Contraponto (Point Counter Point), de Aldous Huxley (1934), e Ratos e homens (Of Mice and Men), de John Steinbeck (1940).
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