No dia 28 de setembro de 2016, morreu, em Jerusalém, Shimon Peres, ex-chefe de Estado e também vencedor do Prêmio Nobel da Paz. É difícil não encontrar o rastro de Peres em praticamente todos os capítulos da história contemporânea de Israel, pátria que ele ajudou a fundar em 1948, depois que a ONU aprovou a partilha da Palestina sob administração britânica. Desta forma, aos 93 anos, morreu o último fundador do estado israelense.
Nascido em 2 de agosto de 1923, em Wiszniew, então parte da Polônia (hoje pertencente à Bielorússia), Peres teve uma longa carreira política, com quase 48 anos seguidos de vida parlamentar - foram sete décadas percorrendo toda a escala de poder em Israel. Foi primeiro-ministro duas vezes (1984-86 e 1995-96) - recebeu o Nobel da Paz com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, em 1994. Ainda foi titular recorrente da chancelaria, ocupou vários ministérios, incluindo as pastas de Defesa e Finanças. Encerrou sua carreira como chefe de Estado, entre 2007 e 2014.
Após deixar a vida política, Peres esteve à frente do Centro pela Paz que leva seu nome, com o objetivo de estreitar os laços entre israelenses e palestinos. Ele enfrentava problemas de saúde nos últimos tempos. Em janeiro de 2016, foi hospitalizado por causa de um ataque cardíaco. Uma semana antes de sua morte, sofreu um sério derrame cerebral, ao qual não resistiu.
Imagem: Michael Thaidigsmann (Michael Thaidigsmann) [Domínio Público], via Wikimedia Commons