Um verdadeiro mito da história, Napoleão Bonaparte tornou-se imperador dos franceses no dia 18 de maio de 1804, adotando o nome de Napoleão I.
Sua nomeação como imperador ocorreu em um momento de ascensão na carreira militar, após uma série de campanhas vitoriosas. Como recompensa, Napoleão, que já era Primeiro Cônsul francês, foi proclamado Imperador pelo Senado. Ele controlou pessoalmente o exército com mão de ferro.
A cerimônia de coroação de Napoleão ocorreu no mesmo ano, no dia 2 de dezembro, na catedral de Notre Dame de Paris. A cerimônia foi um espetáculo que entrou para a história, começando pelo fato de que Napoleão não foi a Roma para ser ungido pelo papa, como os imperadores costumavam fazer. Ele obrigou Pio VII a ir a Paris para a cerimônia. O momento mais emblemático ocorreu na hora da coroação. Napoleão tomou a coroa das mão do Papa e coroou a si mesmo, de frente para o público e de costas para o pontífice. Depois, colocou a coroa na imperatriz Josefina. Com esse gesto, Napoleão passou a mensagem de que devia seu título a si mesmo e a mais ninguém.
Guerras napoleônicas
Napoleão foi imperador francês até 6 de abril de 1814. Ele retornou ao cargo por poucos meses em 1815. Sua reforma legal, o Código Napoleônico, teve grande influência nas leis de vários países. Enquanto esteve no poder, comandou as chamadas guerras napoleônicas e dominou boa parte da Europa.
Como imperador, Napoleão também estabeleceu o Bloqueio Continental como meio de fragilizar os ingleses comercialmente, ou seja, todos os países europeus deveriam fechar seus portos para a Inglaterra, caso contrário seriam invadidos pelas tropas napoleônicas. Uma das consequências disso foi a vinda da família real portuguesa para o Brasil. Como Portugal era aliado da Inglaterra, decidiu não aderir ao bloqueio, e a a família real portuguesa e demais súditos, com ajuda dos ingleses, fugiram para a colônia na América do Sul em 1808.
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