No dia 22 de janeiro de 1797 nascia, em Viena, na Áustria, Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, que mais tarde ficaria conhecida como D. Leopoldina, primeira imperatriz consorte do Brasil, regente do Brasil em setembro de 1821, e, durante oito dias, em 1826, rainha consorte de Portugal. Ela se casou por procuração com D. Pedro no ano de 1917. Extremamente culta para a época, ela chegou ao Brasil demonstrando bastante interesse em botânica e mineralogia e veio acompanhada por cientistas, botânicos e pintores.
No dia 13 de agosto de 1822, D. Leopoldina foi nomeada chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil por D. Pedro. Ela ganhou poderes para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar a crise política em São Paulo – que culminaria na proclamação da lndependência do Brasil, em setembro. D. Leopoldina teve grande influência no processo de independência. Os brasileiros já estavam cientes de que Portugal pretendia chamar D. Pedro de volta, rebaixando o Brasil ao estatuto de colônia. Havia temores de que uma guerra civil separasse a Província de São Paulo do resto do Brasil. Sem tempo para aguardar o retorno de D. Pedro, D. Leopoldina reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinou o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. A imperatriz também exige que D. Pedro proclame a Independência do Brasil. Enquanto aguardava o retorno de D. Pedro, Leopoldina também tratou de idealizar a bandeira do Brasil, em que misturou o verde da família Bragança e o amarelo-ouro da família Habsburgo. Ela foi coroada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de D. Pedro I.
Sua vida ao lado de D. Pedro não foi nada fácil ao longo dos anos, especialmente no período que antecedeu a sua morte, já que ela sofria com os relacionamentos extraconjugais do Imperador, em espacial o conhecido affair entre ele e a Marquesa de Santos. D. Leopoldina morreu grávida e depressiva aos 29 anos, no dia 11 de dezembro de 1826, no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro. Em 1954, seus restos mortais foram transferidos definitivamente para um sarcófago de granito verde ornado de ouro, na Capela Imperial, sob o Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.
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