No dia 27 de novembro de 2005, os cirurgiões franceses Bernard Devauchelle e Jean-Michel Dubernard realizaram o primeiro transplante parcial de face do mundo em um ser humano vivo. A operação ocorreu na cidade francesa de Amiens, na paciente Isabelle Dinoire, que teve o rosto desfigurado pelo próprio cão. Ela foi levada às pressas para um hospital e fortemente sedada com pílulas para dormir. Ela recorda que, quando acordou havia sangue no chão, e só percebeu completamente o que aconteceu quando tentou fumar um cigarro. Seu nariz, boca e queixo estavam perdidos. No procedimento, Devauchelle e Dubernard enxertaram no rosto de Isabelle um triângulo de tecido facial do nariz e da área da boca de uma pessoa com morte cerebral. Sua recuperação foi lenta e difícil, mas a operação foi considerada um sucesso. Em dezembro de 2007, o New England Journal of Medicine publicou um relatório detalhado sobre a recuperação dela após 18 meses e confirmou que a paciente tinha passado por um momento difícil, mas que estava satisfeita com o resultado. Após o sucesso da operação, outros transplantes parciais de rosto foram realizados. Além disso, nos últimos anos, a medicina tem progredido ao ponto de realizar transplantes de sucesso no rosto inteiro: em 20 de março de 2010, uma equipe de 30 médicos espanhóis operou um homem não identificado que foi terrivelmente ferido em um acidente com tiros. Ele recebeu enxertos da pele facial inteira e músculos, pálpebras e os canais lacrimais.
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