Certamente, a noite do dia 23 de março de 1998 foi memorável para o direto James Cameron, que subiu ao palco para receber o Oscar de Melhor Diretor por seu trabalho à frente de Titanic. O filme recebeu nada menos do que 14 indicações e faturou 11 estatuetas, entre elas, a mais cobiçada, a de Melhor Filme.
Cameron já havia realizado vários trabalhos de sucesso de público com filmes de ação e ficção científica, entre eles Aliens e os dois primeiros filmes da série Exterminador do Futuro. Sua ambição atingiu um novo patamar com Titanic, uma releitura da famosa tragédia de 1912, em que um navio considerado “infundável” acabou no fundo do gelado Atlântico Norte após bater em um iceberg. O diretor também é conhecido por gastar muito acima do orçamento inicial e por estourar os prazos: originalmente, estavam previstos US$ 100 milhões para o filme, porém, no final, o custo já era em torno de US$ 200 milhões, além de atraso na data estipulada para o lançamento do filme.
Contudo, a obra não acabou em desastre. Muito longe disso. Lançado pouco antes do Natal, em 1997, Titanic foi um sucesso incrível de bilheteria e se tornou o primeiro filme da história a arrecadar mais de US$ 1 bilhão pelo mundo. A resposta da crítica foi mista. Muitos comentários foram positivos, mas alguns críticos apontaram um roteiro fraco, que foi salvo pelos efeitos especiais.
Na noite do Oscar, Cameron repetiu as falas do personagem de Leonardo Di Caprio e gritou "Eu sou o rei do mundo!" ao receber a estatueta Melhor Diretor. Ele ainda pediu um minuto de silêncio em memória das mais de 1.500 pessoas que morreram no desastre do Titanic.
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