No dia 28 de março de 845, um viking chamado Ragnar liderou o ataque que ficou conhecido como Cerco a Paris. Ele comandou um exército de cerca de quatro mil homens, invadindo a cidade pelo Rio Sena com 120 navios. Apesar de ser tradicionalmente identificado como Ragnar Lodbrok, não há consenso entre os historiadores de que se trata do personagem lendário, cuja existência não é comprovada.
Para revidar o ataque, Carlos, o Calvo, Rei da França Ocidental, reuniu um pequeno exército. Quando os vikings derrotaram uma divisão composta por metade desse exército, as forças restantes bateram em retirada. Ragnar tomou 111 dos homens como prisioneiros, enforcando-os numa ilha no Sena. Isso foi feito como forma de honrar o deus nórdico Odin. A matança também serviu para incitar o terror nas forças inimigas remanescentes.
A invasão teria sido motivada por uma vingança pessoal de Ragnar. Em 841, ele havia recebido uma porção de terras de Carlos, o Calvo, em Torhout, na Frísia. Algum tempo depois, ele perdeu essas propriedades, assim como o apoio do rei.
Depois de saquearem e ocuparem a cidade, os vikings finalmente liberaram Paris após receberem um pagamento de 7 mil libras francesas, equivalentes a 2570 quilos de prata e ouro. Considerando a perda de terras que Ragnar sofreu, o pagamento substancial pode ter sido uma forma de compensação pela perda de suas terras.
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