No dia 16 de novembro de 1904 chegava ao fim a Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro. O movimento, inciado no dia 10 do mesmo mês, aconteceu por conta da rejeição popular à vacina obrigatória contra a varíola, projeto proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Por conta disso, as brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, poderiam entrar nas casas e aplicar a vacina à força. A resistência popular começou com uma manifestação estudantil e foi aumentando, chegando ao ponto de, no dia 13, tomar uma proporção que transformou o centro do Rio de Janeiro em campo de batalha. A população, que não tinha plena informação de como seria o processo de aplicação da vacina, depredou lojas, incendiou bondes, quebrou postes e atacou a polícia com pedras, paus e pedaços de ferro. Por conta da revolta, o governo suspendeu a obrigatoriedade da vacina e declarou estado de sítio no dia 16 de novembro. Ao final da revolta, 30 pessoas morreram e outras 110 ficaram feridas. Depois, com a situação sob controle, o processo de vacinação foi reiniciado. Em pouco tempo, a varíola foi erradicada da então capital do Brasil.
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