Afastado do cargo desde 5 de maio de 2016 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira, dia 7 de julho, à presidência da Câmara dos Deputados. Ele também estava suspenso pelo STF do seu mandato parlamentar por tempo indeterminado. Cunha comunicou a sua decisão em uma carta dirigida ao presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
Ele anunciou sua decisão no Salão Verde da Câmara e disse que foi alvo de perseguição por ter iniciado o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Estou pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment. Não tenho dúvidas, inclusive, de que a principal causa do meu afastamento reside na condução desse processo de impeachment da presidente afastada. Tanto é que meu pedido de afastamento foi protocolado pelo PGR [procurador-geral da República] em 16 de dezembro, logo após a minha decisão de abertura do processo", afirmou.
“Somente a minha renúncia poderá pôr fim a essa interinidade sem prazo”, continou, ao afirmar que a Câmara está acéfala.
O político é investigado na Operação Lava Jato e também é réu em duas ações no STF. Ele ainda responde a um processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara, que aprovou um parecer pela cassação do mandato.
Confira aqui a carta da renúncia de Cunha.
Novas eleições
Com a decisão de Cunha, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes - para uma espécie de mandato-tampão, até as eleições para o presidente da Casa em fevereiro de 2017.
Fontes: G1 , Agência Câmara Notícias, Agência Brasil