Em um dia como este, no ano de 1942, Heinrich Himmler, em acordo com outros três homens, entre eles um médico, decidiu começar experimentos científicos com mulheres nos campos de concentração de Auschwitz e depois estender esses testes em homens.
Himmler, arquiteto do programa de Hitler para exterminar a população judaica da Europa, convocou uma reunião em Berlim para discutir as possibilidades de uso de prisioneiros em campos de concentração como objetos de experiências médicas. Os outros participantes foram o chefe da Inspeção de Campo de Concentração, General SS Richard Glueks (chefe do hospital), Major-General SS Gebhardt e professor Karl Clauberg (um dos principais ginecologistas da Alemanha). O resultado da conferência foi a autorização de um grande programa de experimentação médica em mulheres judias em Auschwitz. Estas experiências foram realizadas de tal maneira que os prisioneiros não teriam conhecimento do que estava sendo feito (a experimentação assumiria a forma de esterilização através de doses maciças de radiação ou injeções uterinas). Também foi decidido que um especialista em raios-X seria consultado sobre as perspectivas do uso do raio-X para castrar os homens, o que seria demonstrando em prisioneiros judeus. Adolf Hitler aprovou este plano sob a condição de que ele permanecesse secreto.
Como chefe da Schutzstaffel ("camisas pretas armados” ou “pelotão da proteção"), o SS, o braço militar do Partido Nazista e assistente-chefe da Gestapo (polícia secreta), Himmler conseguiu ao longo do tempo consolidar seu controle sobre as forças policiais do Reich. Esta tomada de poder mostraria sua completa eficiência na realização da “Solução Final” do Führer. Foi Himmler quem organizou a criação de campos de morte em todo o leste da Europa e de um grupo de trabalhadores escravos.
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